segunda-feira, 12 de abril de 2010

Hora do Chá

Está frio.
Não posso sentir meus dedos,
não posso sentir minha calma.
O frio me invade a alma,
congela.
Não tenho raiva,
não tenho lágrimas,
não tenho nada.
Tenho, talvez, a apatia.
O balançar de cabeça educado,
o olhar e o sorriso apagado,
necessário,
ao murmurar, incondicionalmente:
obrigado, obrigado!
Qual a razão para tanta gratidão
sem coração?
Para tanta farta, fria e falsa
educação?
Está frio.
Ligue a calefação,
Esqueça nossa relação.
Põe as máquinas para funcionar!
O vapor tem
que continuar,
mais carvão para água
borbulhar.
Isso.Já está bem melhor.
Contudo,
sabe que ainda tenho frio?

Um de alguns dos meus poemas escritos na (e em homenagem a) Inglaterra.

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