sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Pulsos Cortados

Não quero
mais usar a minha raiva...

Agora queria
era ter uma faca,
pois já tenho um pescoço.

Não importa o branco da roupa,
o que importa é o negro da alma,
é a falta
da calma.

É esse veneno
tão sutil,
extremo assédico!
PARADO.
Terrível e belo.

Não me importa
que o telefone toque.

Não me importa
que logo chegue a morte.

Não me importa que eu queira desistir.

O que importa?
É o que está por vir.

É quem vai
me salvar,
alguém sempre
me salva.

E caso não salve,
não importa,
está na hora.
Não me importa
que a morte
chegue agora!

Não me importa
a tempestade
lá fora.

Não me importa
a conversa
n’outra sala.

Tudo o que importa
agora
é que a morte
não demora.

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