"Uns olhos profundos, lentos, solenes, mas muito penetrantes. Eram castanhos, carregados de uma luz esverdeada.
A sensação era como se houvesse um poço enorme atrás deles, cheio de eras de memória e de um pensamento constante, longo, lento, mas a superfície faiscava com o presente: como o sol tremeluzindo nas folhas externas de uma imensa árvore, ou nas ondas de um lago muito fundo. Não sei, mas parecia que alguma coisa crescia na terra - adormecida, pode-se dizer, ou apenas percebendo-se a si mesma como algo entre a extremidade de uma raiz e a ponta de uma folha, entre a terra funda e o céu - despertara de repente, e estava observando você com o mesmo cuidado lento que tinha dedicado às suas próprias preocupações por anos intermináveis."
(J.R.R.Tolkien, As Duas Torres)
Lendo esse pequeno parágrafo, a imagem que mais me pareceu fiel a essa descrição foram seus olhos, meu amor. São olhos de ent, o guardião das florestas.
Seus olhos me fazem falta... quero ter o prazer de mirá-los o mais breve possivel.
Te amo.
Sua, e apenas sua,
V.
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