domingo, 10 de março de 2013

San Francisco

O amor é uma bacia vazia. Um recipiente ali num canto sem nada nem ninguem, nem nenhum motivo nem com nenhuma necessidade.
Bobagem essa coisa de que se pode ser feliz sozinho, afinal não se pode amar sozinho.
Na verdade ama-se com homens, mulheres, cães, árvores, pássaros, líquens e águas vivas. Ama-se com pedras e com o vento, dependendo no quão funda ou rasa é a sua bacia. Não é possível amar sozinho, não é possível ser feliz sozinho... Mas afora isso qualquer coisa adiciona ao conteúdo inexistente dessa bacia insaciável.
Percebi isso hoje, perdido do mundo em San Francisco, assoprando um amor encarnado em dente-de-leão pro vento levar embora. Ponto final, reticências...

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